Gestão de equipes: Como desenvolver e reter talentos de tecnologia?

Três profissionais em um escritório moderno e tecnológico, colaborando em frente a computadores com tons de azul, representando o conceito de gestão de equipes
Fausto Reichert
Especialista em crescimento de empresas de tecnologia e cofundador da PipeRun. Com mais de 20 anos de experiência, ajudou centenas de empresas e vendedores a escalarem resultados com vendas consultivas B2B.
Sumário

Resumo do artigo:

Neste artigo, você vai entender como a gestão de equipes mudou e por que reter talentos se tornou o maior desafio das empresas de tecnologia no Brasil;

Reunimos dados sobre o que os profissionais realmente valorizam hoje, estratégias para reduzir rotatividade, como implementar RevOps para integrar suas equipes e ferramentas que facilitam essa transformação;

Leitura recomendada para gestores, líderes de RH e empresários que querem desenvolver times mais engajados, diminuir a perda de talentos e construir uma cultura organizacional forte.

A gestão de equipes mudou muito nos últimos anos. Se você lidera pessoas, provavelmente já percebeu que reter bons profissionais está cada vez mais difícil.

Antigamente, bom salário e benefícios eram suficientes para manter alguém por anos na empresa. Hoje, a conversa é outra. 

Afinal, os profissionais também querem se desenvolver, sentir que estão evoluindo e que podem equilibrar o trabalho com a vida pessoal.

Inclusive, o mercado tech ilustra bem essa mudança. Uma projeção da Brasscom, por exemplo, mostrou que o déficit de profissionais de tecnologia pode chegar a 530 mil até o final deste ano.

Esse número cresceu após a pandemia, com a popularização do trabalho remoto, que permitiu que companhias de qualquer lugar do mundo contratassem brasileiros. 

Para as empresas nacionais, o cenário pede um novo olhar sobre a forma de lidar com suas equipes.

Aquelas que já entenderam essa mudança estão construindo culturas mais fortes, investindo em programas de desenvolvimento e mostrando ao mercado que são bons lugares para trabalhar.

E você, quer descobrir como sua empresa pode se destacar na gestão de equipes e retenção de talentos? Continue a leitura e confira estratégias que funcionam de verdade.

 

O cenário atual da gestão de equipes e a competição global por talentos

Como comentamos acima, a gestão de equipes no Brasil enfrenta um desafio que vai além das fronteiras nacionais. 

Isso porque, seus profissionais estão recebendo propostas de empresas do mundo inteiro, principalmente de países como Estados Unidos e Canadá.

Um levantamento recente da TechFX descobriu que empresas americanas ficam com 85% das contratações remotas de profissionais brasileiros.

De 1.428 participantes, 1.220 trabalham para os EUA, com remuneração média anual de US$ 110 mil (aproximadamente R$ 598 mil).

Outros mercados também competem por esses profissionais. Canadá e Austrália estão empatados na segunda colocação (1,85% cada), seguidos de Reino Unido, Argentina, Portugal, México e Alemanha.

Em outro estudo com 1.433 brasileiros que atuam no exterior, ficou provado que o setor de tecnologia concentra quase tudo: 1.251 profissionais, ou seja, 87,6% do total.

Para você que gerencia times no Brasil, isso significa competir com empresas que pagam em dólar, oferecem horários flexíveis e, muitas vezes, estruturas de trabalho mais maduras. 

A pergunta que fica é: como manter seus melhores profissionais quando eles têm acesso a essas oportunidades?

 

O que os profissionais de tecnologia realmente valorizam na gestão de equipes?

A pesquisa Talent Trends 2025 da Michael Page ouviu milhares de profissionais de tecnologia e trouxe dados que vão te ajudar a entender essa nova mentalidade.

Vamos descobrir o que pesa na decisão desses talentos quando eles escolhem ficar ou sair de uma empresa? Acompanhe abaixo!

 

Salário ainda importa, mas crescimento profissional pesa tanto quanto

Questionados sobre o que os faria trocar de trabalho, 44% apontaram a remuneração como principal motivo.

Mas 37% também colocaram a progressão profissional como prioridade. Esse resultado mostra que o dinheiro chama atenção, mas o desenvolvimento é o que segura as pessoas.

Logo a gestão de equipes também precisa considerar:

  • Salários justos;
  • Treinamentos frequentes;
  • Oportunidades de desenvolvimento com progressão de carreira.

Quando essas necessidades não são supridas, é normal que os profissionais comecem a olhar para fora, principalmente para as vagas internacionais.

 

Equilíbrio entre vida pessoal e trabalho virou prioridade máxima

Aqui vai um número que chama atenção: 89% dos profissionais de tecnologia colocam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional entre suas 5 principais prioridades. 

Segundo o estudo, 60% dizem que esse é o fator que mais impacta a satisfação no trabalho.

O dado mais surpreendente? Metade dos profissionais abriria mão de uma promoção para preservar seu bem-estar pessoal – o que redefine a forma como entendemos o sucesso profissional.

Por isso, se você é responsável pela gestão de equipes, repense o método que você:

  • Organiza os prazos com o time;
  • Distribui as demandas;
  • Lida com a carga de trabalho. 

Neste contexto, empresas que sobrecarregam seus times ou ignoram sinais de esgotamento vão acabar perdendo pessoas, mesmo que paguem bem.

 

Flexibilidade de trabalho não é mais negociável

O trabalho híbrido tornou-se um padrão no mercado tech. De acordo com o levantamento da da Michael Page, 49% dos profissionais trabalham nesse modelo atualmente. 

Quando perguntados onde são mais produtivos, 53% dizem que é de casa. 

Inclusive, 47% começariam a procurar outro emprego se fossem obrigados a voltar ao escritório com mais frequência. Essa é a prova de que políticas rígidas de retorno presencial podem custar talentos.

Para não sofrer com turnover, a gestão precisa saber equilibrar a necessidade de interação presencial com a autonomia que as pessoas conquistaram com o trabalho remoto.

Forçar um modelo que não faz sentido para a equipe só acelera a rotatividade.

 

Liderança e cultura organizacional fazem diferença

Ao contrário do que muitos imaginam, não são só os benefícios ou o salário que fazem alguém sair. Algumas questões internas também podem pesar muito.

Entre os entrevistados, 30% consideram trocar de emprego quando veem a liderança tomando decisões problemáticas, e 22% se sentem desconfortáveis com uma cultura que não reflete seus valores.

Ou seja, a forma como você lidera, as decisões que toma e o ambiente que constrói também impactam na retenção. 

Hoje em dia, os profissionais de tecnologia estão avaliando se:

  • Os valores da empresa batem com os deles;
  • A liderança é transparente;
  • Podem confiar nas pessoas acima deles.

Em resumo, uma gestão de equipes que ignora esses aspectos pode ter os melhores benefícios e ainda assim perder gente.

 

RevOps: quando alinhar equipes se torna estratégia de crescimento

A gestão de equipes enfrenta um outro problema que vai além da competição global: cada área trabalhando no seu próprio ritmo, com metas diferentes, e muitas vezes sem conversar direito com as outras. 

Marketing gera leads, vendas reclama da qualidade, CS tenta reter clientes sem saber o que foi prometido, e o financeiro cobra resultados que ninguém consegue prever.

Como resolver essa situação? O modelo de Revenue Operations, ou RevOps, é a solução ideal para isso.

Afinal, sua proposta é integrar marketing, vendas, customer success e financeiro em uma operação única, onde todos trabalhem com os mesmos dados, processos e objetivos.

 

O problema do desalinhamento entre equipes

O desalinhamento entre as equipes pode custar mais caro do que você imagina:

  • Oportunidades se perdem na passagem de bastão entre times;
  • As informações ficam perdidas em planilhas diferentes;
  • No final, cada departamento culpa o outro quando as metas não batem.

Em vez de cada equipe ter seu próprio CRM, suas próprias métricas e ferramentas, RevOps centraliza tudo. 

Dessa forma, no momento em que o marketing qualifica um lead, vendas já têm todas as informações necessárias. 

Do mesmo modo, quando a venda fecha, CS sabe exatamente o que foi acordado e o financeiro consegue prever receita com base em dados.

 

Como RevOps transforma a gestão de equipes?

Para empresas de tecnologia brasileiras, especialmente SaaS, esse modelo traz mais previsibilidade para o dia a dia. 

Afinal, você consegue:

  • Identificar gargalos na conversão;
  • Entender onde os clientes estão abandonando o funil de vendas;
  • Tomar decisões baseadas em números reais.

O melhor é que a gestão de equipes também muda completamente nesse modelo. Nesse caso, você para de gerenciar silos separados e passa a orquestrar uma operação integrada. 

Com isso, os conflitos entre áreas diminuem porque todos enxergam o mesmo panorama e trabalham pelo mesmo resultado: crescimento sustentável de receita.

 

O que muda na prática?

Implementar RevOps não é apenas adotar uma nova ferramenta. Na verdade, significa reestruturar como suas equipes se comunicam, como os dados circulam entre os departamentos e como você mede sucesso. 

Mas quando funciona, o impacto aparece em:

  • Ciclos de venda mais curtos;
  • Taxas de retenção maiores;
  • Uma operação que cresce de forma previsível.

 

Checklist para implementar RevOps na sua empresa

Implementar Revenue Operations exige planejamento e mudanças estruturais. 

Se você não sabe por onde começar, confira o checklist básico que criamos para te ajudar nesse desafio:

  • Mapeie seus processos atuais: documente como cada área trabalha hoje, desde a captação de leads até o pós-venda;
  • Unifique suas ferramentas e dados: escolha um CRM central que todos os times usarão. A ideia é eliminar planilhas paralelas e garantir que todo mundo tenha acesso aos mesmos números; 
  • Defina métricas compartilhadas: defina indicadores que façam sentido para toda a operação de receita, e não apenas para cada departamento isolado. Afinal, todos precisam entender o que significa sucesso no conjunto;
  • Estabeleça processos de passagem de bastão: determine o que marketing precisa entregar para vendas, o que vendas repassa para CS, e quando o financeiro entra. Documente cada etapa;
  • Nomeie um responsável por RevOps: alguém precisa orquestrar essa integração. Pode ser uma pessoa nova ou alguém da equipe que assuma esse papel estratégico, por exemplo;
  • Treine as equipes no novo modelo: RevOps só funciona se todos entenderem a lógica. Por isso, invista tempo explicando por que as coisas estão mudando e como cada um pode se beneficiar;
  • Comece pequeno e ajuste no caminho: escolha um processo crítico, implemente, meça resultados e vá expandindo aos poucos;
  • Revise os dados semanalmente: por fim, acompanhe como a operação integrada está performando e use essas análises para corrigir rumos rapidamente.

 

Como o CRM PipeRun facilita a integração de equipes?

Falar de RevOps é uma coisa, implementar na prática é outra. Para isso, você precisa de um sistema que realmente conecte suas equipes e não crie mais retrabalho.

O CRM PipeRun, por exemplo, centraliza marketing, vendas e CS em um único lugar. 

Dessa forma, quando um lead é qualificado, o vendedor já vê todo o histórico de interações. 

O mesmo acontece quando a venda fecha e o time de CS recebe o cliente com o contexto completo:

  • O que foi prometido;
  • Quais funcionalidades foram vendidas;
  • Os prazos acordados.

Para quem está à frente da gestão de equipes, o sistema oferece uma visão em tempo real de onde cada negócio está travado, quais vendedores precisam de apoio, e como anda a retenção. 

Tudo isso de forma visual e intuitiva, sem precisar pedir relatório para cada área.

E se você acha que seu time está sempre preso em tarefas repetitivas, saiba que o PipeRun também automatiza atividades, a partir de follow-ups automáticos, alertas de clientes sem contato e lembretes de renovação. 

Com isso, sua equipe foca no que importa: vender e reter clientes.

Quer implementar RevOps e melhorar a gestão das suas equipes comerciais? Então, fale com um de nossos consultores e descubra como organizar sua operação de receita.

 

Conclusão 

Como abordamos ao longo deste artigo, a gestão de equipes passou por uma transformação profunda. 

Reter talentos hoje vai muito além de oferecer um salário competitivo. Exige entender o que seus profissionais valorizam e construir um ambiente onde eles queiram crescer.

Se você chegou até aqui, sabe que:

  • A competição é global;
  • Equilíbrio e flexibilidade se tornaram inegociáveis;
  • Integrar suas equipes com modelos como RevOps pode fazer toda a diferença nos resultados.

A questão agora é: por onde começar essas mudanças?

O primeiro passo de todos é olhar para dentro da sua operação. Suas equipes estão alinhadas? Os dados fluem entre os departamentos? Seus profissionais têm clareza sobre onde podem crescer? Se a resposta for não, você já sabe onde precisa trabalhar.

E se você quer facilitar essa integração e dar mais autonomia para seus times, o PipeRun pode ajudar. 

Fale com nosso time de especialistas e saiba como um CRM bem estruturado pode mudar a forma como suas equipes trabalham juntas.

Até o próximo artigo e muito sucesso! 

 

FAQ – Perguntas Frequentes

 

Como reduzir a rotatividade na minha empresa?

Primeiro, entenda por que as pessoas estão saindo. Geralmente, os motivos envolvem salário, falta de crescimento ou cultura desalinhada. Em seguida, invista em programas de desenvolvimento, ofereça caminhos de carreira e respeite o equilíbrio pessoal dos profissionais. 

 

O que é RevOps e por que devo implementar?

RevOps (Revenue Operations) integra marketing, vendas, customer success e financeiro em uma operação única. Dessa forma, todos trabalham com os mesmos dados e objetivos. Consequentemente, você elimina silos, melhora a comunicação entre áreas e ganha previsibilidade na receita.

 

Flexibilidade de trabalho realmente ajuda na retenção?

Sim, e muito. Atualmente, 47% dos profissionais de tecnologia consideram procurar outro emprego se forem forçados a voltar ao escritório com mais frequência. Portanto, oferecer modelos flexíveis é uma necessidade para manter talentos.

Compartilhe
Publicidade
Artigos mais lidos

Mais automação. Mais economia. Mais resultado.

Contar com uma plataforma nacional de aceleração de vendas é muito mais negócio.

Acompanhe todas as novidades sobre Marketing e Vendas

Se inscreva em nossa newsletter e fique por dentro!