Resumo do artigo:
• Máquina de vendas é o nome dado ao conjunto de estratégias que sustentam o crescimento comercial de uma empresa;
• Sua estrutura envolve todas as etapas da jornada: da atração de leads até a fidelização e expansão da base de clientes;
• Com o CRM PipeRun, você configura sua máquina de vendas de forma inteligente, unificando aquisição, retenção e expansão em uma única plataforma, com recursos e integrações que otimizam o trabalho do time.
Criar uma máquina de vendas é uma das etapas mais importantes para quem quer crescer de forma previsível e com consistência.
Afinal, oferecer um ótimo serviço e contar com um time dedicado não resolve tudo se o processo comercial estiver desorganizado.
A verdade é que muitas empresas ainda tentam aumentar vendas confiando apenas no talento individual ou no esforço do time comercial.
No entanto, o que realmente acelera o crescimento são estruturas planejadas e ações que seguem uma lógica.
Quando a máquina de vendas funciona, o time sabe de onde vêm os leads, entende como conduzir as conversas e tem clareza sobre o que precisa acontecer até a venda se concretizar.
O resultado disso? Mais controle, menos desperdício de energia e uma operação que cresce de forma saudável.
Nos próximos tópicos, você vai entender como montar a sua máquina de vendas do zero, com direcionamento de verdade.
Vamos juntos?
A Máquina de Vendas com Funil de Gestão de Contratos: uma metodologia criada por Fausto Reichert
O modelo de Máquina de Vendas com foco específico na gestão de contratos ativos na carteira de clientes foi criado em 2008 por Fausto Reichert, atual CRO (Chief Revenue Officer) e cofundador da CRM PipeRun. Essa metodologia inovadora nasceu da vivência prática em vendas consultivas e da necessidade de garantir previsibilidade de receita em empresas com modelo de negócios recorrente.
Ainda em 2008, o projeto foi reconhecido como um dos melhores cases de vendas do Brasil dentro do programa PAEX da Fundação Dom Cabral, sendo pioneiro ao tratar a gestão de contratos como uma etapa estratégica do funil comercial. Desde então, o modelo tem sido replicado por centenas de empresas brasileiras — especialmente no setor de serviços — e consolidou Fausto como referência nacional em vendas recorrentes, reconhecimento que culminou na conquista do Growth Awards 2024.
Em primeiro lugar, o que é uma máquina de vendas?
Construir uma máquina de vendas significa ter um processo capaz de atrair e reter clientes de forma consistente. Por esse motivo, ela precisa:
- Escalar conforme a empresa cresce;
- Funcionar com previsibilidade;
- Gerar lucro.
Escalar, nesse caso, não é apenas aumentar o volume de vendas. É evoluir o processo o tempo todo, usando dados para entender o que está funcionando, ajustar o que não está e manter os canais de aquisição ativos.
Já a previsibilidade significa saber exatamente o que está acontecendo hoje para tomar decisões melhores amanhã.
Quais canais trazem os melhores clientes? Quais etapas convertem mais? Onde estão os gargalos? Sem essas respostas, é fácil desperdiçar energia no que não traz retorno.
Por fim, não adianta vender muito se a conta não fecha. Nesse sentido, cada cliente precisa valer mais do que o custo para conquistá-lo. Isso exige atenção ao CAC e ao retorno que cada venda traz.
Quando esses três pontos se conectam, a máquina de vendas passa a sustentar o crescimento do seu negócio.
Por que construir uma máquina de vendas é tão importante?
A resposta para esse título começa com outra pergunta: que empresa não quer escalar as vendas?
O cenário de hoje é cada vez mais competitivo. Isso significa que o poder que antes estava nas mãos das empresas passou para os clientes — que têm mais opções, mais informação e maior controle sobre as decisões.
Nesse contexto, encontrar um novo diferencial competitivo se tornou uma necessidade.
Mesmo que o seu negócio ainda esteja começando e atue em um mercado já consolidado, a pergunta continua sendo a mesma: como se destacar?
Como comentamos, construir uma máquina de vendas significa ir além dos resultados pontuais.
Não adianta atingir um bom desempenho hoje e depois parar no mesmo lugar. Afinal, o mercado se ajusta, os concorrentes se movimentam e, se você não acompanha, os números começam a cair.
É por isso que tantas empresas buscam um modelo de vendas escalável, ou seja, que consiga crescer junto com as novas demandas do mercado.
Clientes, prioridades, expectativas e formas de comprar mudam a todo o momento. Quem percebe isso primeiro e se adapta, sai na frente.
Em resumo, se a sua empresa tem uma estrutura de vendas bem construída, consegue responder mais rápido às mudanças e se antecipar.
Qual o papel da tecnologia por trás da máquina de vendas?
Agora que você já sabe o que é uma máquina de venda, chegou a hora de descobrir as ferramentas certas para criar a sua.
No entanto, antes de colocar a mão na massa, é importante ter estratégia.
Primeiramente, uma máquina de vendas só funciona quando existe um alinhamento entre os times de marketing e vendas. E aqui não estamos falando apenas daquela ideia de “passar o bastão”.
O marketing é responsável por gerar oportunidades. Já o time comercial precisa assumir esse fluxo, conduzir os contatos pelas etapas do funil e convertê-los em clientes.
Portanto, se a sua intenção é transformar o seu negócio em uma máquina de vendas, precisa tomar algumas decisões, ainda mais quando o objetivo é aumentar produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir custos.
Aqui entra o que talvez você já esteja esperando: investimento em tecnologia. Sem isso, nenhuma máquina de vendas é capaz de se sustentar e crescer.
Nesse contexto, duas ferramentas são indispensáveis:
- Uma plataforma de automação de marketing;
- Um CRM que organize e acompanhe as vendas de ponta a ponta.
Com elas, o processo deixa de depender da memória do time ou de planilhas improvisadas, e passa a operar com mais controle, dados e ritmo.
Podemos dizer que essa é a base necessária para qualquer máquina funcionar de verdade.
Marketing e vendas trabalhando em cima de números
Para começar, uma plataforma de automação de marketing serve para atrair e organizar leads.
Ela te ajuda a gerenciar os contatos, nutrir os interesses e preparar essas pessoas para que a equipe comercial entre em ação — papel que, muitas vezes, começa com o SDR.
O melhor é que tudo fica registrado! Sendo assim, você consegue mensurar:
- O que está funcionando e o que precisa mudar;
- Quais estratégias geram mais resultado;
- Os canais que performam melhor;
- Se o seu conteúdo está falando com as pessoas certas,.
Já o CRM de vendas entra quando o lead vira uma oportunidade. Isso porque, ele permite qualificar, negociar, acompanhar, vender, se relacionar e fidelizar.
Com um histórico completo da sua base, você pode identificar clientes inativos e retomar esse relacionamento com mais inteligência.
Além disso, um sistema bem configurado permite:
- Enxergar quais canais trazem os melhores leads;
- Acompanhar dashboards intuitivos;
- Montar funis para processos distintos
- Personalizadas etapas do funil
- Manter o foco no sucesso do cliente.
Com todos esses recursos nas mãos, você consegue saber exatamente o que está dando certo e o que precisa ser ajustado.
Qual a estrutura da máquina de vendas?
Para funcionar de verdade, sua máquina de vendas precisa de uma estrutura robusta. Isso passa por algumas etapas, tais como:
- Construção de funis;
- Definição de métricas para cada etapa;
- Montagem de equipe;
- Metas claras;
- Criação de playbooks específicos por área;
- Estratégias bem definidas para o dia a dia da operação.
Tudo isso começa pelos funis, que são a base do processo comercial. Por isso, vamos focar neles a seguir.
Ao longo do próximo tópico, você vai descobrir como os demais elementos se encaixam dentro dessa estrutura.
Vamos detalhar sobre os principais funis que precisam existir na sua máquina de vendas:
- Marketing;
- Pré-vendas;
- Vendas;
- Customer success (onboarding);
- Customer success (acompanhamento contínuo);
- Contratos.
Lembrando que esses seis funis sustentam o funcionamento da máquina e devem estar integrados no seu CRM de vendas.
1. Funil de marketing
O funil de marketing dentro do CRM existe para enriquecer os dados dos leads. Ao contrário do que muitos imaginam, ele não serve para disparar e-mails. Isso continua sendo função da sua plataforma de automação de marketing.
No entanto, com uma integração simples entre as ferramentas, tudo pode funcionar de forma conectada.
Vale lembrar que os leads gerados via inbound entram automaticamente no funil de marketing. O mesmo vale para os leads de prospecção ativa.
Por isso, a dica aqui é simples! Crie um funil separado para cada tipo: um para LDR inbound e outro para LDR outbound.
Com essa estrutura, você evita que o time de pré-vendas perca tempo com contatos inexistentes ou sem qualquer fit com o negócio.
Etapas do funil de marketing (LDR)
O funil de marketing (LDR) serve para fazer um filtro inicial e separar o “joio do trigo”. Para isso, algumas etapas precisam estar bem definidas:
1. Cadastro/Campanha
Esse é o momento em que os leads são importados para o sistema, sejam eles gerados das campanhas da plataforma de automação ou até mesmo por meio de listas frias, como as coletadas em eventos.
A entrada pode acontecer de três formas: por upload de uma lista em CSV, por campanhas integradas ou de forma manual.
A partir daí, os leads passam a ser distribuídos entre os consultores responsáveis.
2. Consulta CNPJ
Na sequência, com as integrações disponíveis no CRM, os consultores conseguem verificar o CNPJ da empresa diretamente pela plataforma. Isso permite entender se o cadastro está ativo ou não.
Depois da checagem, fica claro se o lead pode seguir para as próximas etapas e funis.
Quando o CNPJ estiver inativo, o consultor já deve encerrar a oportunidade vinculada a esse lead.
3. Enriquecer dados (sócios)
Aproveitando também as integrações do CRM, esse é o momento de buscar informações sobre os sócios da empresa
Com a integração do PipeRun com a Assertiva, esse processo se torna simples e rápido.
Os dados obtidos ajudam a identificar quem são os diretores e tomadores de decisão, o que abre espaço para uma abordagem mais personalizada nas etapas seguintes.
Além disso, essas informações já trazem meios de contato importantes, como e-mail e telefone.
4. Enriquecer dados (crédito)
Depois de levantar os dados dos sócios, o próximo passo é consultar a situação de crédito da empresa.
Com as integrações do PipeRun, seu time consegue fazer isso rapidamente direto no CRM.
Paralelamente, é importante criar um formulário dentro da própria ferramenta para registrar essas informações e definir os critérios mínimos que qualificam um lead como potencial cliente.
Ter esses pontos bem definidos faz diferença no desempenho da sua máquina de vendas, pois evita ruídos e deixa todo o processo mais claro.
5. Multi-email (conexão)
Chegando à etapa final do funil, o foco agora é disparar um e-mail simples para o lead — algo direto, apenas com uma apresentação inicial.
Se o e-mail for enviado com sucesso, mesmo que não seja aberto ou lido, a oportunidade pode ser marcada como ganha.
Em seguida, basta duplicá-la para o funil de pré-vendas. Esse movimento indica que o endereço é válido e que o contato está pronto para seguir no novo fluxo.
Métricas do funil de marketing
As métricas do funil de marketing não devem ser confundidas com as métricas tradicionais do marketing como ROI, CAC, volume de leads gerados ou tráfego.
Isso porque, esses indicadores ficam a cargo do time de marketing e da plataforma de automação. Inclusive, são analisados antes mesmo do lead entrar na máquina de vendas.
Dentro do funil, o foco precisa ser outro:
Taxa de conversão em cada etapa do funil
Acompanhar a taxa de conversão entre etapas, por exemplo, revela onde está a maior perda de leads.
Se muitos forem descartados na fase de consulta de crédito, pode ser hora de revisar critérios ou até a qualidade das listas utilizadas.
Origem dos leads
Outro ponto importante é mapear a origem dos leads:
- Quais canais geraram os leads que chegaram até o final do funil?
- Eles vieram de inbound ou outbound?
- Dentro dessas estratégias, o que funcionou melhor: anúncios, materiais ricos, tráfego orgânico?
Mas é bom reforçar: nesse momento, o foco deve ser a quantidade de leads por canal, e não exatamente a qualidade.
Afinal, a real qualidade do lead só aparecerá mais à frente, quando ele passar por pré-vendas, avançar no processo comercial e se tornar cliente. Só então será possível entender com quais canais entregam os leads mais valiosos.
Montagem de equipe
Para operar bem o funil de marketing (LDR) dentro da máquina de vendas no CRM, é necessário escolher com cuidado quem assumirá essa função.
O mais indicado é que esse consultor esteja alocado no time de marketing, já que seu trabalho acontece antes do lead estar qualificado para vendas.
Nesse momento, ele é apenas um MQL (Marketing Qualified Lead) — um lead que já tem os dados completos e pode seguir adiante.
Essa qualificação costuma acontecer dentro do próprio funil, etapa por etapa.
Então, delegar isso para alguém da pré-venda pode causar ruídos no processo, já que o lead ainda não está pronto para aquele time.
A função aqui é preparar esse lead para que, mais adiante, ele entre no fluxo comercial com as informações certas.
O perfil ideal para trabalhar no funil de marketing combina organização e análise, pois é preciso lidar com um volume grande de contatos e conseguir avaliar cada um com atenção aos critérios.
Além disso, a comunicação conta muito, tanto para se conectar com o marketing, que gera os leads, quanto com o pré-vendas, que vai trabalhar esses contatos depois de qualificados no LDR.
Por fim, o ideal é encontrar alguém que já tenha vivência nesses dois mundos, embora um histórico mais próximo de vendas faça ainda mais sentido do que alguém apenas com bagagem em marketing.
Playbook de marketing
O playbook de marketing provavelmente será o documento mais completo da empresa. Em resumo, ele concentra tudo o que o time executa, planeja e organiza no setor. Por isso, precisa ser construído com atenção a cada detalhe.
Se você ainda não tem um, o ideal é começar pelo básico, explicando os principais termos e conceitos que orientam as ações: inbound, outbound, CRM e por aí vai.
Em seguida, vale organizar os canais de aquisição de leads B2B, estratégias de prospecção, fluxos de nutrição e demais pontos de captação e ativação.
Depois disso, o conteúdo deve incluir:
- As principais métricas acompanhadas pelo time, sempre com a meta ao lado para facilitar o acompanhamento;
- Scripts usados, tanto em e-mails de fluxo quanto em mensagens para WhatsApp ou outras abordagens;
- Uma lista dos materiais ricos já criados, com todos os elementos envolvidos. Por exemplo: landing pages, e-mails, formulários, entre outros;
- Tutoriais ou treinamentos sobre a plataforma de automação de marketing e o CRM utilizado;
- Uma explicação clara das etapas do funil de marketing (LDR) e como elas se integram a outros processos;
- Um histórico das melhores práticas e dos resultados mais relevantes já alcançados;
- Metodologias aplicadas no time e como replicá-las em diferentes contextos;
- Por fim, materiais de apoio e treinamento para a equipe.
Parece muita coisa? Com um conteúdo bem distribuído em um arquivo de apresentação (PPT), tudo fica mais acessível.
Não esqueça de atualizar esse documento mês a mês para que ele acompanhe a evolução das estratégias e continue sendo uma referência para o time.
2. Funil de pré-vendas
O funil de pré-vendas reúne os leads que chegam por diferentes canais e estratégias, dentro de uma operação B2B estruturada.
Para empresas com time de SDR, é nesse pipeline que os potenciais clientes começam a ser tratados de forma mais direta.
Embora nem todo modelo de negócio precise seguir esse formato, quem trabalha com qualificação ativa costuma centralizar os leads aqui por uma questão de organização.
Nesse contexto, as integrações do CRM fazem diferença. Elas conectam etapas, eliminam retrabalho e mantêm o processo mais fluido.
Como resultado, o lead time e o ciclo de vendas tendem a ficar mais curtos e previsíveis.
Etapas do funil de pré-vendas
O funil de pré-vendas é dividido em etapas que ajudam a organizar o processo de abordagem e qualificação dos leads.
De forma objetiva, o fluxo costuma seguir essa lógica:
1. Entrada de leads
Leads chegam por diferentes canais e são distribuídos automaticamente entre os consultores.
2 . Primeiro contato
A abordagem inicial acontece por e-mail e telefone, seja WhatsApp ou ligação direta, com uma mensagem de boas-vindas.
3. Segundo contato
A tentativa de conexão continua nos mesmos canais, mas com um novo script, adaptado ao momento do lead.
4. Terceiro contato
Segue a mesma lógica da etapa anterior, com ajustes na abordagem e insistência final antes de marcar como sem resposta.
5. Qualificação do cliente
Se o lead responder positivamente, a oportunidade avança para o agendamento.
Caso o agendamento seja feito, a oportunidade é marcada como ganha e duplicada para o funil de vendas.
Se não houver fit, a oportunidade é encerrada e o lead pode voltar para a automação de marketing, onde continuará recebendo conteúdos, como uma newsletter semanal.
6. Sem interesse/recuperação
Quando o lead demonstra que não tem interesse no momento, não é preciso descartá-lo.
Basta ativar uma automação no CRM para que, após 60 dias, ele volte automaticamente para o início do funil.
Assim, o time retoma os contatos com uma nova abordagem no tempo certo.
Métricas do funil de pré-vendas
Dentro do CRM, algumas métricas merecem um acompanhamento mais próximo. Nesse sentido, monitorar esses números é o que mantém a máquina de vendas sempre alinhada:
Origem dos melhores leads
Avalie quais canais geram os leads que mais avançam até a qualificação. Também observe de onde vêm os que menos se qualificam.
Esse tipo de análise precisa chegar até o time de marketing, que pode então concentrar os esforços nos canais e estratégias que mais entregam volume com qualidade.
Taxa de conversão e agendamento
Monitore a passagem entre etapas com dados claros. Por exemplo:
- Quantos MQLs se tornaram SALs (Sales Accepted Leads)?
- E desses SALs, quantos de fato se tornaram clientes?
Volume de ligações realizadas
Alguns indicadores são úteis para entender se o time está sendo produtivo nas abordagens. Então, vale acompanhar de perto:
- Quantos leads foram contatados por dia, semana e mês?
- Quantos leads estão ativos em cada etapa do funil?
- Qual o tempo médio de ligação por segmento?
- Qual a relação entre tempo de ligação, agendamentos feitos e no-show?
Motivos de perda
O pré-vendedor precisa registrar os motivos pelos quais os leads não foram qualificados.
Uma forma prática de fazer isso é usando tags no CRM, categorizando cada perda de acordo com o motivo: sem interesse, fora do perfil, dados incompletos, entre outros.
Com esses registros, fica fácil gerar relatórios, identificar padrões e criar um plano de ação para reduzir perdas.
Montagem de time e treinamento
Na hora de montar o time de pré-vendas, o primeiro passo é buscar um perfil alinhado com a rotina intensa da função. O SDR ideal deve ter:
- Comunicação verbal e escrita muito bem desenvolvida, já que lidará com clientes por e-mail, WhatsApp e telefone;
- Organização para trabalhar com prazos, metas e múltiplas tarefas ao mesmo tempo;
- Boa gestão do tempo e perfil analítico para lidar com volume e priorização de contatos.
A experiência no segmento da sua empresa também conta muito. Isso encurta a curva de aprendizagem e facilita a leitura das situações que surgem durante a qualificação dos leads.
Além disso, é fundamental que o profissional saiba:
- Identificar os prospects dentro do ICP (Perfil Ideal de Cliente) para gerar oportunidades qualificadas para os vendedores;
- Ter postura consultiva, compreender as dores do lead e conseguir explicar de forma clara como a empresa pode ajudar.
Esses pontos são centrais dentro da máquina de vendas, especialmente no funil de pré-vendas.
SDR que agenda reunião com lead imaturo ou fora de perfil prejudica todo o fluxo, derruba as taxas do funil de vendas e compromete os resultados da operação como um todo.
Treinamento
Para manter a máquina de vendas bem ajustada, o treinamento do time de pré-vendas precisa ser constante — toda semana, sem exceção.
O responsável por conduzir esse acompanhamento é o Sales Ops, que deve analisar os números do CRM, cruzar com outros funis e identificar onde o processo pode melhorar.
Vale lembrar que o CRM também tem um papel importante nesse trabalho. Afinal, tanto os relatórios quanto as funcionalidades ajudam a guiar as decisões.
Um bom exemplo disso é o uso do webphone: quando o SDR faz a ligação direto pela oportunidade, a chamada fica registrada e gravada.
Com esse material em mãos, o ideal é reservar um momento semanal para escutar 5 ligações de leads que se tornaram clientes e 5 de leads que não avançaram.
Essa prática ajuda a entender:
- Como o script está sendo aplicado;
- Se as perguntas do formulário de qualificação estão sendo feitas corretamente;
- E até se o formulário ainda faz sentido ou precisa ser ajustado.
Esse tipo de análise prática, feita de forma recorrente, mesmo que uma hora por semana, é o que mantém a qualidade alta e garante que o funil de pré-vendas funcione como deve.
Playbook de pré-vendas
O playbook de pré-vendas deve começar com os termos mais usados no dia a dia: SaaS, LTV, lead time, inbound, outbound, MQL, SAL, entre outros.
Depois, detalhe os canais de aquisição que a empresa usa, como formulário no site, trial, WhatsApp, parceiros etc. Explique brevemente o que é cada um e o tipo de lead que costuma vir de lá.
Inclua também o perfil do cliente ideal, liste dores comuns e padrões percebidos ao longo do tempo. Quanto mais específico, melhor para a qualificação!
Na sequência, detalhe a rotina do SDR: o que fazer quando um lead entra, em quanto tempo responder, quantas tentativas, quais canais usar. Liste as perguntas obrigatórias e inclua boas práticas.
Se houver uma ligação exemplar, adicione como modelo para consulta.
Então, finalize com os critérios que definem um lead relevante, as métricas que o time deve acompanhar e o passo a passo em caso de no-show.
Product Market Fit
Entre todas as responsabilidades do time de pré-vendas, uma delas exige atenção especial: identificar qual produto ou serviço combina com cada tipo de cliente.
Em outras palavras, encontrar o match ideal entre o que o lead busca e o que a empresa entrega. É disso que se trata o Product Market Fit.
Como o SDR é, muitas vezes, o primeiro a conversar com o lead em tempo real, especialmente nos casos vindos de inbound, é ele quem vai ouvir as dores, desafios e objetivos desse potencial cliente. E isso exige muito mais do que seguir um script.
Por isso, o primeiro ponto é conhecer a fundo tudo o que a empresa vende. Cada serviço, cada detalhe e cada resultado que pode gerar.
O segundo ponto é estar alinhado com as metas da empresa.
Se há uma meta de MRR ou volume de vendas, isso também precisa entrar no radar do SDR.
Afinal, não basta oferecer a solução ideal para o lead se ela não estiver dentro da estratégia traçada pela organização naquele momento.
Sabemos que encontrar esse equilíbrio entre a necessidade do cliente e a prioridade da empresa é um desafio.
Por isso, a máquina de vendas precisa ser constantemente observada, ajustada e mantida em alto nível.
3. Funil de vendas
O funil de vendas é onde entram os leads que já passaram pelas etapas de marketing e pré-vendas.
Aqui, o foco muda: o lead já foi qualificado, tem potencial e está pronto para ser trabalhado comercialmente.
Etapas do funil de vendas
Ao contrário dos funis anteriores, o funil de vendas começa com uma etapa “0”.
Ela existe para um caso específico: quando o lead não aparece na reunião marcada.
“Mas por que não é a etapa 1?” — Porque não se trata, de fato, do início da venda. É uma etapa de contenção, usada apenas para registrar e reagir a esse imprevisto.
Apesar de não fazer parte do fluxo natural de negociação, evita que o lead se perca ou seja descartado sem tentativa de reengajamento.
1. Reunião agendada
Quando o SDR agenda a reunião e duplica a oportunidade para o funil de vendas, ela entra nessa etapa.
Esse é o momento da conversa entre o vendedor e o lead, geralmente uma videochamada em vendas B2B ou SaaS.
Durante essa reunião, anote tudo o que o lead sinalizar como prioridade. Isso vai servir para personalizar a proposta e facilitar o trabalho do time de sucesso no futuro.
2. Envio de proposta
Depois da reunião, o vendedor formaliza a proposta com base nas necessidades do cliente e nas metas da empresa.
Aqui, é importante configurar uma ação automática no CRM: se a oportunidade ficar parada nesse estágio por mais de 3 dias, o sistema deve gerar um alerta para retomada do contato.
3. Follow-up
O follow-up acontece logo após o envio da proposta. Ao mover o card para essa etapa, o CRM pode disparar um e-mail automático com um script pré-configurado.
A mensagem pode usar gatilhos como escassez ou urgência — por exemplo, lembrando que a condição especial tem prazo limitado para estimular uma resposta rápida do lead.
4. Negociação
Se o lead quiser discutir preço ou condições após o follow up, mova o card para essa etapa.
Pode ser necessário agendar uma nova video-chamada ou resolver tudo por WhatsApp. O mais importante, no entanto, é manter o contato ativo.
Aqui vai uma dica de ouro: use a integração com o WhatsApp Web via PipeRun MAX para centralizar tudo no CRM.
Caso o cliente peça um tempo para avaliar internamente, defina um prazo claro (5 a 7 dias) e configure um alerta para lembrar do retorno.
5. Fechamento
Quando o cliente disser “sim”, ele pode assinar a proposta diretamente pelo módulo nativo de assinatura eletrônica do CRM.
A partir daí, preencha o formulário de contrato com base no que foi acordado.
Se o lead pedir para adiar a decisão, congele a oportunidade e programe um alerta para retomar o contato no prazo combinado.
6. Envio de contrato
Com o contrato pronto, envie para o cliente. Pode ser um template automatizado do PipeRun ou um PDF personalizado.
A assinatura será feita via CRM, no mesmo módulo nativo usado anteriormente.
7. Boleto para Adm
Depois da assinatura, a oportunidade segue para a última etapa. Aqui, o time financeiro assume.
Então, mude o responsável pela oportunidade no CRM e, com a integração ativa com o ERP, facilite o processo de cobrança.
O financeiro entrará em contato para confirmar o primeiro pagamento. Assim que for feito, marque como ganho e duplique a oportunidade para o funil seguinte, como o de onboarding, no caso de empresas SaaS.
Montagem de equipe de vendas
Montar um time comercial forte é sempre um grande desafio. Por isso, na hora de contratar, é importante deixar muito claro o que se espera do vendedor dentro da estrutura da sua máquina de vendas.
Entre as responsabilidades mais comuns estão:
- Mapear e prospectar novos clientes e segmentos;
- Desenvolver oportunidades de negócios com base em leads qualificados;
- Realizar meetings e ligações com potenciais clientes;
- Fazer follow up das oportunidades em aberto que ainda não tiveram resposta;
- Contribuir com a criação e revisão de estratégias comerciais;
- Participar do planejamento e análise dos indicadores do time;
- Registrar todas as interações e informações relevantes no CRM.
Durante a entrevista, seja direto. Apresente o processo atual de vendas e peça que o candidato mostre como sua experiência pode agregar nesse contexto.
Além disso, mostre também os planos da empresa: quais são as metas e o que está sendo feito para alcançá-las.
No geral, alinhar essas expectativas desde o início é o que evita frustrações. Afinal, contratar exige investimento de tempo, energia e recursos. Perder esse profissional pouco tempo depois, por desalinhamento, impacta toda a operação.
Playbook e treinamento
O playbook de vendas deve andar lado a lado com o treinamento.
Enquanto o treinamento é prático, o playbook documenta todo o processo comercial da empresa em um só lugar.
O sales playbook reúne não só o histórico de vendas, mas também as metodologias aplicadas, etapas do funil, estratégias adotadas, scripts de contato, principais métricas e indicadores relevantes.
Portanto, para começar a montar o seu, escolha o caminho mais direto:
- Explique como funciona o setor de pré-vendas e o processo de qualificação;
- Detalhe o funil de vendas com todas as etapas;
- Apresente as metodologias de negociação utilizadas com os clientes;
- Compartilhe os scripts prontos para follow up;
- Liste as métricas mais relevantes e insira dados históricos da operação.
Quando bem feito, o playbook pode virar referência para decisões, treinamentos e melhoria de performance.
MODELO DE PLAYBOOK DE VENDAS PARA BAIXAR
Quer um modelo de Playbook de Vendas
para adaptar para a sua equipe?
Organize o processo de vendas e o conhcimento da sua equipe. Acele vendas, treinamento e as boas práticas com o playbook de vendas pronto e editável.
Você receberá um email com material. Confira a caixa de entrada e Spam.
Treinamento e CRM
O treinamento precisa ter espaço fixo na agenda, de forma semanal e com foco bem definido.
Cabe ao head de vendas ou ao líder de Sales Ops identificar os pontos que devem ser priorizados, usando como base os números extraídos do CRM.
No geral, os treinamentos devem abordar temas como:
- Discurso para contornar objeções mais frequentes;
- Metodologias de vendas utilizadas na operação;
- Aprofundamento nas técnicas de negociação;
- Alinhamento com as metas da semana ou do mês;
- Foco nos segmentos prioritários e abordagens mais eficazes;
- Revisão dos scripts e da cadência entre etapas do funil.
Além disso, você também pode adotar uma rotina inspirada na metodologia SCRUM. Isto é, um encontro diário de 15 minutos em que cada vendedor compartilha sua rotina.
Nessas reuniões, cada um pode responder:
- O que foi feito no dia anterior?
- Quais dificuldades encontrou?
- O que pretende priorizar hoje?
- Que desafios prevê enfrentar?
Essa dinâmica cria visibilidade, promove troca e mantém a equipe conectada com os objetivos da máquina de vendas.
Métricas de vendas e Sales Ops
As métricas clássicas de vendas já são bem conhecidas: oportunidades abertas e perdidas, taxa de conversão, CAC, LTV, ROI, ciclo de vendas, entre outras.
Mas, quando falamos de Sales Ops, o olhar precisa ser mais profundo. As métricas ganham novas camadas e se organizam em diferentes frentes de análise.
Inclusive, podemos dividir essas métricas em cinco grandes visões:
- Táticas: ligadas à performance de cada etapa do funil;
- Operacionais: volume de atividades, tempo de resposta, uso de ferramentas e aderência ao processo;
- De pessoas: produtividade individual, taxa de conversão por vendedor e aderência a scripts e treinamentos;
- Da rotina de vendas: cadência, frequência de contatos, tempo médio entre tentativas e consistência da execução;
- Processamento de leads: velocidade de qualificação, tempo entre entrada e primeiro contato e reentrada de leads.
Sales Ops existe para corrigir falhas e encontrar oportunidades dentro da máquina de vendas.
Por isso, essa responsabilidade não deve ficar nas costas do closer. Ter alguém dedicado a isso é um diferencial e impacta os resultados.
4. Funil de contratos
O funil de contratos funciona como um coringa dentro da máquina de vendas, pois aparece em três situações distintas:
- Assim que um cliente novo aceita assinar o contrato;
- Quando um cliente solicita o cancelamento do serviço;
- Quando há uma nova venda feita para alguém que já é cliente.
Por abranger momentos tão diferentes, é difícil definir uma estrutura única e fixa para esse funil. Sendo assim, ao invés de seguir o mesmo formato dos anteriores, vamos listar os estágios que não podem faltar.
Sinta-se livre para adaptar as etapas de acordo com o processo interno da sua empresa.
Etapas do funil de contratos
As etapas abaixo servem como base para estruturar o funil de contratos:
- Novos clientes: clientes que acabaram de comprar ingressam no funil por esta etapa;
- Boleto e NF (novos clientes): etapa para emissão do primeiro boleto e da nota fiscal. Importante manter o CRM integrado ao ERP para troca automática de informações;
- Inadimplente: mova o card para essa etapa apenas se o cliente não realizar o pagamento. Dispare um e-mail de cobrança ou entre em contato, conforme preferir;
- Clientes ativos: clientes que já possuem contrato entram por aqui quando solicitam cancelamento ou quando houver uma nova oportunidade de cross ou upsell;
- 1º contato: etapa dedicada à negociação de uma nova proposta ou definição dos termos de cancelamento;
- 2º contato: reforço da etapa anterior, usado apenas se necessário;
- Boleto e NF (clientes antigos): etapa para cobrança do novo contrato ou para finalizar o processo de cancelamento. Se não for cancelado, assim que o pagamento for confirmado, marque como ganho;
- Perdido: caso o cliente confirme o cancelamento, mova o card para essa etapa. Registre o motivo da perda e conclua a oportunidade dentro do CRM.
Métricas e Revenue Ops
Não existe uma máquina de vendas que funcione bem sem métricas. Quando falamos do funil de contratos, o acompanhamento é ainda mais importante!
Alguns indicadores que merecem atenção constante:
- Taxas de up sell e cross sell;
- LTV (Lifetime Value);
- Net churn;
- Expansão de MRR;
- Volume de novas contratações, entre outros.
Essas métricas ganham destaque dentro do setor de Revenue Ops, que é responsável por fechar o ciclo de todas as ações de marketing, vendas e CS — justamente no funil de contratos.
Lembrando que Revenue Ops conecta três áreas-chave da empresa:
- Marketing;
- Vendas;
- Customer Success.
Sua função principal é garantir que esses times estejam sempre alinhados, atuando com foco nas metas e estratégias que impactam o crescimento da receita.
5. Funil de Customer Sucess (Onboarding)
Em empresas SaaS, a etapa de onboarding é muito comum. Após a venda, é aqui que começa, de fato, a entrega daquilo que foi prometido. Por esse motivo, precisa estar muito bem estruturada dentro de uma máquina de vendas recorrentes.
Em resumo, o objetivo é garantir que o cliente entenda, o mais rápido possível, como extrair valor do que contratou.
É nesse momento que o cliente passa a conhecer as melhores práticas, aprende como aplicar as estratégias adequadas e esclarece dúvidas que ainda não foram resolvidas.
Etapas do funil de CS Onboarding
Para que o cliente seja considerado homologado (ou implantado), ele precisa passar por uma sequência de etapas gerenciadas dentro do CRM. Vamos conhecê-las?
1. Análise de demanda
Aqui começa a fazer diferença tudo o que o vendedor anotou durante a negociação.
O consultor de CS usa essas informações para direcionar as reuniões e focar nas funcionalidades que realmente ajudam o cliente a resolver seus desafios.
2. Contato com o cliente
Primeiro contato oficial do CS com o cliente. O objetivo é explicar como será o processo de onboarding, listar as etapas que serão percorridas e alinhar a frequência dos encontros.
Inclusive, pode ser feito por telefone e depois reforçado por e-mail.
3. Implantação e feedback
Início da implantação. O consultor acompanha os primeiros dias de uso do produto, coleta feedbacks iniciais, esclarece dúvidas e verifica se há pendências. Também é o momento de definir metas para os primeiros 30 dias.
4. Acompanhamento (30 dias)
Passado o primeiro mês, o consultor verifica o nível de satisfação do cliente. Pode ser por e-mail, ligação ou até reunião, se necessário. Mesmo que tudo esteja fluindo bem, novas metas para os próximos 30 dias devem ser definidas.
5. Acompanhamento (mais 30 dias)
Repetição da lógica anterior: avaliar progresso, esclarecer pontos abertos e definir novas metas para mais um mês.
6. Acompanhamento (mais 30 dias)
Com 90 dias de uso, o cliente já deve ter domínio básico da solução. Se houver dúvidas, vale agendar uma última reunião. Se não, o ciclo de onboarding está prestes a se encerrar.
7. Cliente homologado
Após os 90 dias e com o cliente seguro no uso da plataforma, a oportunidade deve ser movida para esta etapa.
Então, o consultor marca como ganho e envia para o próximo funil: CS Ongoing.
Montagem de time e rotina
O sucesso do cliente sempre estará ligado à qualidade da equipe que o acompanha.
No início da jornada, especialmente no onboarding, seu time precisa ser atento, detalhista e bem preparado.
Para isso, é importante conhecer a fundo o que foi registrado pelo vendedor e entender as expectativas trazidas pelo cliente.
Antes de buscar os profissionais ideais, defina como será a rotina da equipe. Essa estrutura já deve estar pronta antes mesmo da entrevista, para avaliar se o consultor tem perfil e capacidade de executar o que será exigido.
De forma geral, o time de CS precisará:
- Conduzir apresentações de onboarding com foco total no produto contratado;
- Interagir com os clientes de forma constante, sempre gerando experiências positivas e reforçando a relação;
- Aplicar educação contínua sobre o uso da plataforma, com orientações práticas para melhorar o aproveitamento;
- Colaborar com outras áreas da empresa, contribuindo com insights para evolução do produto e dos processos.
Dois pontos também precisam de atenção especial:
- Transparência desde o início: apresente o cenário da empresa. Explique por que CS é estratégico, quais são as metas de retenção, como está a taxa de churn e onde o setor pode impactar no aumento do MRR. Mostrar o valor da área atrai pessoas alinhadas com a responsabilidade e o desafio;
- Perfil técnico e estratégico: busque profissionais com experiência em lidar com múltiplos stakeholders, histórico de alta performance em retenção e expansão de receita, além de capacidade analítica.
Playbook de Customer Success
Assim como em qualquer outra área da máquina de vendas, o playbook de CS é o documento mais importante do time.
Inclusive, uma boa prática é unificar as operações de Onboarding e Ongoing em um único material.
Isso facilita a visão completa do trabalho de CS e garante alinhamento entre as duas frentes, que, na prática, compartilham aprendizados, objetivos e desafios.
Nossa sugestão é começar pelo básico:
- Explique os principais termos usados no dia a dia do setor;
- Apresente rapidamente o processo comercial e onde ocorre a transição para o time de CS.
Em seguida, detalhe todas as etapas do funil de Onboarding:
- Descreva o que ocorre em cada estágio;
- Liste as atividades esperadas;
- Mostre as integrações com o CRM e como elas funcionam;
- Defina a cadência de contatos e os critérios para homologação do cliente.
Inclua orientações sobre a passagem de bastão entre Onboarding e Ongoing. Mostre quando isso acontece, como deve ser feito o registro no CRM e o que o novo responsável precisa saber para continuar o atendimento sem ruídos.
Também vale disponibilizar os scripts de comunicação usados em e-mails e mensagens de WhatsApp, com sugestões de abordagem para diferentes situações.
Finalize com as métricas do setor, incluindo:
- Metas atuais;
- Taxas históricas de churn, expansão, NPS, entre outras;
- Uma explicação de como está estruturada a área de Customer Ops, que oferece suporte ao time com dados, processos e ferramentas.
Customer Ops e métricas
Customer Ops é o setor responsável por planejar e garantir a execução de estratégias que assegurem o sucesso do cliente.
Em resumo, ele faz isso analisando tanto os processos da empresa quanto os dados dos próprios clientes, com foco em identificar falhas e controlar riscos.
O ciclo de trabalho segue sempre o mesmo fluxo:
- Analisar dados;
- Criar estratégias;
- Acompanhar a execução;
- Avaliar os resultados;
- Recomeçar o ciclo.
O ideal é que esse profissional não esteja envolvido no operacional. Isso porque, ele precisa atuar de forma estratégica.
Sendo assim, busque alguém com:
- Capacidade de desenhar processos escaláveis;
- Perfil analítico e gestão orientada por dados;
- Boa comunicação e visão estratégica;
- Criatividade para propor soluções práticas baseadas em números.
Métricas de CS
Quando se fala em Customer Success, satisfação do cliente é o centro de tudo. Portanto, o NPS (Net Promoter Score) é uma das métricas mais relevantes.
Em linhas gerais, ele mede o quanto os clientes estariam dispostos a recomendar a empresa para outras pessoas.
Isso significa que, quanto maior, melhor. Um resultado baixo, por outro lado, acende um alerta sobre a experiência entregue.
Outro indicador importante é a taxa de no-show. Se o cliente fecha negócio e não aparece nas reuniões de onboarding, algo está errado. Essa situação pode indicar desinteresse, má comunicação ou até mesmo uma venda desalinhada.
Nesse sentido, é papel do CS Ops atuar para entender as causas e corrigir rapidamente o problema.
Acima de tudo, o número que mais exige atenção é o churn, que pode acontecer até mesmo durante a etapa de implantação.
Apesar disso, na maioria das vezes, o cancelamento ocorre no funil de CS Ongoing.
Outras métricas importantes para o time acompanhar:
- Oportunidades ganhas e perdidas em relação às vendas realizadas;
- Volume de oportunidades congeladas no funil;
- Motivos de perda (segmento, canal de origem, MRR);
- Taxa de abertura de e-mails enviados;
- Conversão por etapa do funil de CS;
- Balanceamento do funil (etapas sobrecarregadas ou travadas).
6. Funil de Customer Success Ongoing
O funil de CS Ongoing é onde a empresa começa, de fato, a trabalhar a expansão da base atual de clientes, seja por meio de up sell, cross sell ou aumento de uso da solução.
É aqui também que os principais indicadores de retenção e crescimento ganham protagonismo.
Mas, antes de pensar em expandir, é preciso garantir o mais básico: a satisfação do cliente com a compra original. Sem isso, qualquer tentativa de vender mais será forçada e sem efeito real.
Para isso, um funil bem estruturado pode ser o diferencial dentro da máquina de vendas do seu negócio.
Etapas do funil de CS Ongoing
Antes de definir as etapas, vale um ponto importante: você pode seguir dois caminhos na estrutura do funil de CS Ongoing.
- Criar um único funil para todos os clientes atendidos pelo time de CS;
- Criar funis separados por tipo de assinatura, segmento ou outro critério relevante.
Essa segmentação pode facilitar a organização interna, permitir atuação por especialistas e garantir um acompanhamento mais preciso, conforme o perfil e a maturidade de cada cliente.
Independentemente da escolha, as etapas a seguir servem como base para o acompanhamento dentro do funil:
1. Recebido
Cliente homologado pelo Onboarding entra nesta etapa. Nem sempre é necessário agir imediatamente. A movimentação dependerá do ciclo da solução e do momento do cliente.
2. Análise do cliente
O consultor avalia o comportamento do cliente — frequência de uso, funcionalidades acessadas e engajamento.
Isso dá clareza sobre a maturidade atual e ajuda a definir se já é hora de avançar com novas ofertas ou reforçar a fidelização.
3. Apresentação
O consultor entra em contato para se apresentar formalmente.
É o momento de mostrar que ele será o ponto de contato a partir de agora e, com base na análise feita, destacar pontos de atenção e oportunidades de crescimento.
4. Follow-up (aguardando resposta)
Se o cliente não responder em até 2 ou 3 dias, um novo contato deve ser feito, de preferência em um horário diferente do anterior.
Vale combinar ligação e WhatsApp para aumentar as chances de retorno.
5. 1ª reunião do plano
Reunião com foco em escuta e análise. O cliente compartilha sua experiência até o momento, e o consultor apresenta os insights coletados, além de propor caminhos para superar os desafios.
Ao fim do encontro, já deve ser agendada a próxima reunião.
6. 2ª reunião do plano
Marcada para cerca de 7 a 10 dias depois da primeira, essa reunião é dedicada ao acompanhamento da evolução.
É hora de avaliar o progresso e compartilhar boas práticas que façam sentido para o estágio atual do cliente.
7. 3ª reunião do plano
Reunião mais rápida, com cerca de 30 minutos. Pode ser usada para sugerir evoluções na assinatura ou apresentar complementos à oferta atual.
Se o cliente demonstrar interesse em contratar algo novo, a negociação acontece no funil de contratos, não aqui.
8. 4ª reunião do plano
Etapa opcional, usada quando há necessidade de uma nova conversa para tratar de atualizações ou upgrades na conta.
No geral, serve para aprofundar a proposta apresentada anteriormente.
9. Homologar RTS
A Reunião Trimestral de Sucesso (RTS) é o principal produto da área de CS.
A cada três meses, o consultor entrega um panorama completo do cliente, analisando resultados, evolução e novas oportunidades.
Após a RTS, a oportunidade retorna ao início do funil de Ongoing, mantendo o ciclo contínuo de cuidado com o cliente.
Lembrando que o relacionamento não tem ponto final. A meta é fidelizar, gerar valor constante e, sempre que fizer sentido, aumentar o LTV.
Métricas, playbook e CS Ops
Como já vimos, o playbook de CS e o trabalho do CS Ops seguem a mesma lógica estratégica em todas as etapas.
Então, você pode voltar um pouco o texto ou ler nosso guia completo sobre funil de CS Ongoing.
O mesmo vale para a maioria das métricas. No entanto, aqui no Ongoing, o churn ganha ainda mais peso.
Afinal, mesmo que o cliente manifeste a intenção de cancelar ainda durante o onboarding, é no funil de Ongoing que a equipe tentará reverter essa decisão.
Se, após a tentativa, a continuidade não for viável, a oportunidade deve ser encaminhada para o funil de contato, onde o cancelamento será formalizado.
Checklist: como criar sua máquina de vendas?
Agora que você já entende o que é uma máquina de vendas, por que ela é importante e como a tecnologia entra nesse cenário, chegou a hora de colocar tudo em prática.
Para te ajudar a construir processo realmente previsível, escalável e lucrativo, organizamos a jornada em 5 etapas.
Para começar com o pé direito, siga o passo a passo a seguir:
1. Aumente o número de leads
O primeiro passo para criar sua máquina de vendas vai exigir investimento.
Afinal, você precisará testar canais de aquisição para entender, na prática, onde está o seu cliente ideal (ICP). LinkedIn ou Facebook? Tráfego orgânico ou pago? A melhor forma de descobrir isso é testando.
Por isso, invista em anúncios nos principais canais, acompanhe quais geram mais leads e, principalmente, quais desses leads realmente viram vendas.
Paralelamente, fortaleça o marketing de conteúdo, use sua plataforma de automação e mantenha tudo integrado ao CRM. Assim, os leads entram direto no pipeline!
Observe também o que a concorrência está fazendo, entenda as dores do seu público e produza conteúdos de valor.
A missão aqui é clara: gerar volume e manter o topo do funil alimentado todos os dias.
2. Identifique as boas oportunidades
Ter volume não significa ter qualidade. Muitos leads não garantem mais vendas se você não souber quem realmente tem potencial de compra.
Para ter bons resultados, crie um bom fluxo de nutrição com e-mails, conteúdos relevantes e abordagens estratégicas.
Quando o lead começar a engajar, seja abrindo, clicando e respondendo, é hora de oferecer uma ação mais direta, como um diagnóstico, uma call ou um trial.
Nesse ponto, o lead scoring vai ajudar a priorizar o contato com quem de fato demonstra interesse.
3. Atenção aos indicadores e feedbacks dos clientes
É praticamente impossível crescer de forma previsível sem métricas.
Os dados do CRM e da plataforma de automação funcionam como termômetros do processo. Na prática, eles mostram se as campanhas funcionam, se os leads avançam e onde estão os gargalos.
Apesar disso, os números por si só não bastam. Você precisa ouvir seus clientes.
Os leads que não avançam, os que pedem cancelamento ou mesmo os que compram, mas têm dúvidas — todos têm algo a dizer. E é com base nessas informações que você pode ajustar o discurso, melhorar as abordagens e entregar mais valor.
Quando falamos de valor, estamos nos referindo ao conteúdo que resolve uma dúvida, ao atendimento que orienta e a conversa que mostra que você entende o negócio do cliente.
Junte tudo isso com os indicadores de conversão e terá uma máquina de vendas que aprende com os próprios erros e acertos.
Guia para Contornar Objeções de Vendas
- Saiba o que dizer para cada objeção;
- Metodologias para vender mais rápido;
- Tipos de objeções, ferramentas e mais!
Preencha o formulário para receber o material por email (confira caixa de entrada e de spam)
4. Pensamento estratégico em relação a equipe
Por trás de qualquer processo bem-sucedido, existe um time estruturado.
Porém, ao contrário do que muitos imaginam, isso exige mais do que apenas bons currículos. Como gestor, você deve entender o perfil de cada pessoa, saber onde ela rende mais, identificar lacunas e trabalhar com métodos que estimulem a colaboração.
Adotar práticas ágeis como o SCRUM também pode ajudar a organizar demandas e extrair mais do time sem perder controle.
Mas o principal é adotar a mentalidade de Customer First. Nesse sentido, o cliente é o foco e a tecnologia, o meio.
5. Aprimoramento constante
Uma máquina de vendas nunca está 100% pronta. Afinal das contas, os concorrentes evoluem, os clientes mudam e o comportamento do mercado se ajusta.
Nesse processo, os vendedores são a linha de frente da marca. Por isso, invista em treinamentos frequentes, ouça as gravações das ligações e analise os dados de conversão.
Não se esqueça de fazer as reuniões semanais focadas em melhoria e troca de boas práticas. Revisar, testar e ajustar é o que mantém o processo vivo.
Por fim, coloque as melhorias em prática, acompanhe de perto e veja o que de fato entrega resultado.
O que vale mesmo não é ter uma máquina perfeita, mas uma máquina que nunca para de evoluir.
Crie sua máquina de vendas no CRM PipeRun
Uma máquina de vendas não se constrói da noite para o dia. Esse processo exige consistência, clareza de processo e as ferramentas certas para fazer tudo girar.
O PipeRun é o CRM pensado para empresas que querem vender com previsibilidade, escalar e manter o cliente no centro da estratégia.
Com funis personalizáveis, automações inteligentes e integrações, o sistema conecta todas as pontas da sua operação comercial.
Chegou a hora de parar de improvisar e começar a vender com método!
Entre em contato com nossa equipe e descubra como transformar sua operação em uma verdadeira máquina de vendas.
Conclusão
Depois de entender como funciona uma máquina de vendas do início ao fim, o momento agora é olhar para o seu processo e refletir com calma:
- O que já está funcionando bem?
- O que ainda precisa de ajuste?
A estrutura que sustenta suas vendas precisa refletir a realidade da sua operação e estar preparada para evoluir à medida que os desafios mudam.
Lembrando que não se trata de buscar perfeição logo no início, e sim de começar construindo algo que possa ser ajustado ao longo do tempo.
Esse conteúdo foi útil para você? Se quiser continuar aprendendo novas formas de se organizar e melhorar seu processo comercial, temos outros conteúdos que podem te ajudar nisso.
Navegue pelo nosso blog e não esqueça de voltar aqui para conferir as novidades.
Esperamos te encontrar novamente!
Muito sucesso e até a próxima.