Muitos são os tipos de lideranças que estão à frente das empresas – independente do nível hierárquico e do segmento do negócio.
Um bom líder é, sem dúvidas, alguém que sabe manter seus liderados engajados. Vestir a camisa da empresa é algo fundamental para obter os melhores resultados – e você certamente concorda com isso.
Mas, como entender qual dos tipos de liderança, dentro das organizações, vai ao encontro disso?
Ou, melhor: como saber que estilo combina, tanto com a pessoa que irá gerir um setor, como para os negócios da empresa?
São perguntas que, para falar a verdade, são complexas de serem respondidas.
Primeiro porque dependerá muito do perfil do líder. Seus valores, conceitos e experiências de vida e profissional pesam.
Depois, é preciso entender quais dos tipos de liderança fazem sentido para os negócios. E é preciso entender quem são os colaboradores.
Neste texto, falaremos sobre alguns estilos de liderança e quais fazem sentido tanto para as pessoas como para as empresas.
Colocaremos algumas características, aplicações e o resto é com você. Você entenderá e, se achar necessário, aplicará o que faz mais sentido. Certo?
Boa leitura!
Tipos de liderança: ser inquieto é muito importante
Não importa qual dos tipos de liderança você adote. Para ser um verdadeiro influenciador, alguém a ser seguido, é preciso ser um inquieto.
Sim.
É necessário sempre buscar mais e mais conhecimento, formas de inspiras as pessoas. Maneiras de extrair o melhor de cada um que está sob sua alça.
Por isso, é essencial sempre:
- Ter muito autoconhecimento – entender quais suas virtudes principais para oferecer às pessoas e quais as defecções que precisam ser corrigidas;
- Aprimorar conhecimento técnico – passa pelo líder as melhores práticas do que quer que seja em relação ao setor, ao trabalho que desempenha;
- Comunicar o que é feito – um bom líder não peca pela ausência de comunicação. Quando há uma tomada de decisão e isso gera consequências, os comandados precisam saber exatamente o que está ocorrendo;
- Estimular lideranças – se existe uma hierarquia de cargo, entre os colaboradores de mesmo “nível”, é preciso incentivar a liderança e criar influenciadores positivos. Isso irá assegurar que a missão, visão e valores das empresas estejam assegurados.
A construção de líderes é um processo gradual
Não se constroem verdadeiros líderes da noite para o dia. Algumas pessoas até podem ascender ao cargo de gestão sem estarem preparadas – e isso é um erro recorrente nas empresas.
Algumas têm a capacidade de adaptar-se às necessidades do cargo e moldar-se a tal modo que tornam-se bons líderes, com uma mentalidade de sucesso.
Mas, muitos não.
E as pessoas acabam percebendo isso e ficam “carentes” de alguém que possa ser eficiente na condução dos processos.
Quando pensamos em um líder de vendas, por exemplo.
Não adianta um CEO pegar seu melhor vendedor e colocar, de uma hora para outra, para comandar uma equipe comercial.
A empresa estará perdendo seu melhor vendedor e não ganhará um gerente comercial.
Por isso, é preciso incentivar comportamentos e ações que despertem a liderança nas pessoas.
Coaching é uma ótima forma dos colaboradores descobrirem características, capacidades que não percebiam, em si, com clareza.
Outra forma vai ao encontro dos métodos ágeis. Um gestor que está hierarquicamente acima, pode escolher identificar uma pessoa que ele crê que pode liderar um time.
Aos poucos, ele começa a delegar pequenas tarefas e decisões à ela com intuito de despertar responsabilidades maiores e identificar tipos de liderança presentes neste colaborador.
Essa é uma forma prática e eficaz e pode ser aplicada gradativamente. Ao fazer isso, despertará um senso de pertencimento muito maior nas pessoas.
E o próximo líder, seja de que nível for, estará sendo formado – e dentro do cenário ideal. Onde há calma e etapas para que ele atinja essa maturidade necessária.
Os tipos de liderança dentro das empresas
É preciso ter claro, antes de falarmos sobre estilos de liderança, que não necessariamente este líder precisa ser alguém oficialmente acima na hierarquia.
Podemos falar de pessoas de um mesmo setor que, por determinadas características ou postura, têm mais influência sobre as outras.
E isso é fundamental ser notado pelo gestor – de fato – da área. Essas lideranças “não-oficiais” são importantes.
Colaboradores, assim, tem o poder de serem influenciadores em relação à quaisquer necessidades que a empresa tenha.
Pode ser implementar processos, reduzir curva de aprendizados, aplicar novas metodologias… não importa.
Muitos são os tipos de liderança existentes. É preciso entender quem você é e o que a empresa faz para saber qual faz mais sentido de ser aplicado.
Confira, separamos 9 tipos de liderança:
Autoritária
Esse estilo de liderança talvez seja o mais clássico – e até mesmo estereotipado dentro das empresas.
Uma liderança autoritária é sempre rígida e foca, quase que exclusivamente, na execução das tarefas.
As decisões são tomadas de maneira autocrática. A palavra final é a deste líder e muito provavelmente não haverá espaço para uma construção em conjunto, tampouco exposição de opiniões.
Uma pessoa assim tem um estilo muito mais impositivo, dominador. É convicto naquilo que faz e, seus atos podem, de modo geral, desmotivar aqueles que o cercam.
Carismática
O líder carismático destaca-se de maneira fácil e quase que de imediato. É uma pessoa que traz leveza ao trabalho e em muitos casos sequer ocupa de fato um lugar acima no organograma das empresas.
Mas, trata-se, sem dúvida, de uma liderança. É um influenciador positivo dentro dos setores e ninguém tem receio de tê-lo por perto, ou gostaria de abrir mão de sua presença.
É uma pessoa importante que o gestor da área pode e deve ter como aliado para implementar quaisquer ações necessárias para a empresa.
Seu poder, de modo geral, demonstra-se por meio dos exemplos. O que ele faz, do modo como faz e apresenta é seguido.
Sua influência positiva no ambiente faz com que as pessoas se sintam mais à vontade para “vestir” a camisa da empresa.
Democrática
O estilo de liderança democrático prega o equilíbrio. E permite que todos os liderados tenham voz e vez para expressar sua visão acerca de assuntos relevantes.
Todavia, claro, a palavra final será do gestor. Ele irá aconselhar cada colaborador em suas funções e criará um ambiente colaborativo – tanto aberto aos debates, como aberto para novas possíveis ações.
A porta da de sua sala está sempre aberta e a sua postura perante os liderados estimula a busca por alcançar as metas e objetivos tanto pessoais como profissionais.
Ele também estimula, nas reuniões, que o colaborador traga insights valiosos para aprimorar os processos.
E, quando falamos em processo de vendas, isso é ainda mais valioso. Afinal, é o vendedor que está diariamente na linha de frente com os prospects e sabe o que é necessário para gerar valor aos clientes.
Liberal
Ser liberal ao liderar pressupõe-se que há uma maturidade já consolidada por parte dos times geridos.
Se essa realidade existe, as pessoas sentem-se confortáveis e sabem quase que automaticamente o que precisam fazer e como essa entrega deve ocorrer.
Mas, se não há um nível razoável de entendimento por parte das equipes, o estilo liberal de liderança é perigoso.
Esse líder é menos presente do que os outros e não realiza avaliação de desempenho com frequência – ou até mesmo nunca o fez.
E quando não há maturidade quanto às responsabilidades do trabalho, é bem possível – até mesmo provável – que os resultados e as entregas fiquem bastante prejudicados.
Motivadora
O motivador vai de encontro ao tipo de liderança liberal. Se não há maturidade nos times, então é preciso estar sempre presente, “em cima” para que as equipes realizem as entregas que precisam.
Se isso ocorre de maneira positiva, o melhor de cada um acaba aflorando – e isso se reflete na qualidade do que é entregue.
O líder que motiva exerce um papel importante principalmente em momentos em que os problemas afloram. Quando há crises.
Nesta hora é preciso ter calma, reunir os colaboradores e fazer com que todos convirjam para a solução das questões que são realmente relevantes.
E, em muitas situações, somente contagiando os demais ao redor é possível chegar ao que se espera como resultado final.
Por isso, o líder motivador está sempre presente. Domina tudo o que acontece no seu setor e entende como pode falar com o time e com cada um individualmente.
Performática
Essa líder pode ser conhecida também como coach. É um dos tipos de liderança que trabalha sempre para identificar e estimular as habilidades e conhecimento dos seus liderados.
É uma espécie de junção entre do motivador, liberal e democrático.
Afinal, ele precisa:
- estimular as pessoas a desenvolverem aquilo que foi visto como virtude;
- tornar o ambiente cooperativo para que o conhecimento possa ser mais facilmente absorvido;
- dar espaço para que as pessoas se sintam parte todo, podendo opinar e participar das decisões.
Esse gestor é totalmente focado em aumentar a performance de quem está sendo comandado.
Para isso, é preciso organização. Desenvolver um plano de ação visando a melhoria de desempenho a cada dia. Ele também acompanha de perto essa evolução e está sempre presente para dar feedbacks construtivos.
Situacional
Esse estilo de liderança molda-se através da situação que é posta. Geralmente quando um problema ocorre. Mas pode ser em um cenário de maior calmaria, claro.
Em situações assim, o gestor pode designar um profissional que conduzirá um processo específico. E essa escolha de modo geral ocorre identificando um influenciador positivo no grupo, mas que também tem conhecimento técnico do assunto em questão.
Essa é também uma boa maneira de identificar quem tem perfil para ser um gestor no futuro – de ascender hierarquicamente na empresa.
Dentro de um cenário de planejamento, as pessoas são testadas nas mais diversas situações para que possa aflorar (ou não) seu espírito de liderança positiva.
Técnica
Esse é um dos tipos de liderança em que leva-se em conta unicamente o conhecimento específico na área. O bom relacionamento com as pessoas, por exemplo, é algo secundário.
Justamente por conta de dominar tecnicamente o assunto, as decisões que ele toma são mais respeitadas e prontamente aceitas.
Todavia, é muito possível que o tato com as pessoas não seja a melhor das virtudes deste líder – o que pode fazer com que seu poder de persuasão não seja tão grande.
É fundamental que ele entenda que deve liderar pelo exemplo.
Se pensarmos em vendas, o líder técnico será o guardião das melhores práticas que garantam o sucesso do cliente.
Seu discurso, sua forma de lidar na rotina comercial, tudo deve servir de inspiração para os times conseguirem trazer os melhores resultados à empresa.
Visionária
Por fim, mas não menos importante, a liderança visionária. Essa aplica-se em um nível maior dentro das empresas, especialmente à nível de diretoria.
Trata-se de uma pessoa em sintonia com tendências de mercado e do segmento de atuação da organização.
É essa pessoa que propõe melhorias, que tenta implementar novas metodologias, processos… tudo com intuito de otimizar o trabalho, reduzir custos e, claro, melhorar os resultados.
Não há estilo pior nem melhor. Cada um faz sentido de acordo com os valores que a pessoa têm e também com a necessidade da empresa.
Seja aquele que faz mais sentido para as necessidades do negócio e, também, o que será mais natural para você.
E aí, como podemos te ajudar?
Se você ficou com dúvida sobre o texto ou deseja compartilhar alguma “dor” na liderança dos seus negócios, fale com um consultor hoje mesmo.
Aproveite e leia dois artigos que ajudarão você na tarefa da gestão diária dos colaboradores.
O primeiro fala da importância de uma cultura organizacional forte nas empresas.
Já o segundo traz alguns livros de empreendedorismo para inspirar e fazer você ir além.
Boas vendas!
Um abraço do PipeRun, o seu CRM. #RunPipeRun