Prince2, a metodologia das boas práticas na gestão de projetos

Prince2
Augusto Turcato
Augusto Turcato, especialista há 10 anos em marketing de conteúdo, faz parte do time de marketing que ajuda milhares de vendedores, gestores e empreendedores brasileiros a aumentar suas vendas com metodologias e tecnologias aqui no CRM PipeRun.

Prince2 (acrônimo de PRojects in Controlled Environments) é uma metodologia baseado no processo para gerir de maneira eficaz um projeto. Trata-se de um método amplamente usado pelo setor público e privado do Reino Unido que oferece as melhores práticas na hora de gerenciar projetos de todos os tamanhos nas empresas.

Organização, tanto na vida pessoal como na vida profissional é fundamental. Lidar com demanda, prazos e expectativas é uma responsabilidade grande.

Quando transferimos isso para o contexto de uma empresa que lida com clientes, isso se torna ainda mais essencial. Afinal, sem consumidores, uma marca não é nada.

Gerenciar projetos, fazê-los de maneira inteligente e assertiva é uma questão estratégica para qualquer negócio. Mas não apenas para manter a base atual de clientes.

Quem é preciso nesta missão tem, sem dúvida alguma, um diferencial competitivo importante e, aí sim, começa a pavimentar um caminho de crescimento.

A metodologia Prince2 ajuda as empresas neste sentido. Ela dá as orientações precisa e as boas práticas para tornar essa tarefa muito mais fácil no dia a dia.

O artigo de hoje fala sobre o que é essa ferramenta, quais as vantagens, a estrutura e as melhores práticas para gerir projetos internamente em uma organização.

Fique com a gente e confira.

Boa leitura!

O que é Prince2?

O que é Prince2?

Prince2, ou PRojects IN Controlled Enviroments (Projetos em ambientes controlados), é uma metodologia voltada para o gerenciamento de projetos.

Seu objetivo é auxiliar todos os envolvidos em qualquer tipo de projeto – independente do porte e do ambiente em que estejam inseridos.

O intuito é assegurar as melhores práticas para que sejam cumpridas as necessidades de qualidade, custos, escopo, riscos, escalar e benefícios.

Tanto é que a sua origem se deu por conta de uma ampla consulta a partir do conhecimento empírico de dezenas e dezenas de empresas.

Por ser uma metodologia padronizada, ela auxiliar que uma ou mais empresas consigam trabalhar de maneira inteligente e direta em um mesmo projeto.

É, sem sombra de dúvidas, algo que ajuda muito na produtividade e também motivação de todos os envolvidos – algo fundamental na gestão de projetos.

Sua origem nos remete ao ano de 1989. Ela foi criada pela CCTA (Agência Central de Computação e Telecomunicações).

Originalmente, a metodologia foi baseada no PROMPT. Esse é um método para gerenciar projetos criado pela Simpact Systems Ltd em 1975.

A CCTA, em 1979, acabou adotando-a e, através dela, estabeleceu um padrão para todos os projetos do sistema de informação do governo da Grã-Bretanha.

Com as honras da Majestade

Prince 2 UK

A Prince2 é utilizada há muitos anos pelo governo da Grã-Bretanha e é mantido oficialmente pelo OGC –  Office of Government Commerce, desde 2010.

Seus direitos autorais, alás, pertencem à coroa britânica. Mas nem por isso o método deixa de ser usado por mais de 150 países ao redor do mundo.

Para manter a qualidade da metodologia, o governo britânico criou 3 níveis de certificação e deixou a cargo da APM Group dar as seguintes certificações:

Prince2 Foundation

Esta certificação que confirma que o profissional possui conhecimento e está apto a utilizar adequadamente a metodologia.

Prince 2 Practitioner

Um nível acima, a credencial diz que o profissional tem conhecimento para usar e adaptar o método a qualquer tipo e complexidade de projetos.

Para tê-la é preciso possuir anteriormente a Prince2 Foundation.

Prince 2 Professional

Para conseguir a mais alta certificação é preciso comprovar as habilidades na gestão de projetos através da metodologia.

É fundamental cumprir todos os aspectos que o método abriga no ciclo de vidas completo de um projeto.

Para ter essa certificação, por óbvio, é preciso ter a Prince2 Practitioner antes.

As 5 características do Prince2

Para entender melhor o que é essa metodologia e como ela funciona, precisamos observar as 5 características principais que a metodologia tem.

São elas:

  1. Mudança – os projetos introduzem inevitavelmente mudanças e visam a melhoria de algo para os envolvidos;
  2. Temporariedade – sempre deverá ter um começo e um fim para o projeto. Este deve terminar tão logo a última etapa ocorra. Manutenções não são consideradas aqui;
  3. Interfuncionalidade – o projeto envolve pessoas e áreas diferentes e exige profissionais experientes e que saibam trabalhar de maneira conjunta;
  4. Exclusividade – cada projeto sempre será exclusivo e único, pois haverá peculiaridades que o fazem diferente dos demais;
  5. Incerteza – os interessados no projeto podem ter opiniões que divirjam e reflitam em aspectos como custos, prazo, entre outros.

Os benefícios da metodologia Prince2 para as empresas

Metodologia Prince2

Organizar-se e focar em ser produtivo e agir dentro das melhores práticas. Embora gerir projetos não seja uma ciência precisa – e o Product Owner sabe bem disso – é fundamental ter disciplina.

A aplicação da metodologia é algo que uma boa prática de intraempreendedorismo pode trazer às empresas.

E, a partir daí, os benefícios podem ser vistos.

1 – Aprimoramento constante

Por ser uma metodologia que é utilizada há 3 décadas pelo menos, o método seguiu em constante evolução.

O feedback que se obteve historicamente fez com que o Prince2 se tornasse de fato o guardião das melhores práticas.

Por conta disso, sua aplicação contínua garante, às empresas, um aprimoramento constante e que poderá ser replicado em diversos contextos – até mesmo na vida pessoal.

2 – Aplicação fácil

Qualquer tipo de projeto, em qualquer lugar e em qualquer empresa pode ter a metodologia atuando.

Ou seja, o Prince2 está presente desde pequenas coisas como preparar uma reunião até ao desenvolvimento de um software.

As melhores práticas podem ser aplicadas em todos os momentos e servem para guiar as pessoas para um caminho mais assertivo na hora de trabalhar.

3 – Prestação de contas

ROI Prince2

Todas as pessoas envolvidas no projeto precisam ter bem claras o que se espera delas. Isso é uma boa prática para a gestão administrativa de qualquer negócio, aliás.

Quando falamos de projeto, com prazos e custos, então, nem se fala. Afinal, é preciso verificar se cada um cumpriu aquilo que estava incumbido de fazer.

Ajuda, também, a comprovar o ROI durante a gestão – sem esperar que o projeto termine para saber se o retorno foi o desejado.

Se, em qualquer etapa se notar que o retorno esperado já não poderá ser atingido, o projeto deve ser, então, interrompido.

4 – Gestão de problemas

A metodologia, por usar o Gerenciamento por Exceção, consegue lidar com problemas que inevitavelmente aparecerão durante um projeto.

Esse gerenciamento, aliás, permite que o nível superior gerencia o inferior, otimizando assim as etapas.

Claro que há uma margem de tolerância. E, se ela for ultrapassada, deve haver um projeto específico para combater esta defecção.

A Teoria das Restrições, aliás, pode servir de ferramenta complementar para identificar e solucionar problemas que apareçam.

O Prince2 beneficia as pessoas

Não só as empresas podem tirar vantagens da aplicação do método. Na vida pessoal isso também ocorre.

Serve para pessoas que:

  • procuram desenvolver habilidades diversas (especialmente na gestão de projetos);
  • gerenciar equipes;
  • desenvolver skills para trabalhar em conjunto com outras pessoas.

Ter essa metodologia presente no dia a dia traz mais eficiência e eficácia para o dia a dia de trabalho e também para desafios que a rotina impõe.

Qualificam, também, qualquer profissional que visa ter melhores perspectivas de emprego ou então galgar cargos dentro da empresa que já está.

Prince2: 7 princípios, temas e processos

Princípios, temas e processos do Prince2

Princípios, temas e processos guiam a metodologia Prince2. Diferente de outras metodologias como a Scrum, essa não irá dizer exatamente o que fazer.

Falará, sim, das melhores práticas, de requisitos e dos “termos” em que o trabalho precisa ocorrer.

Por isso é tão importante entender como ela funciona e, acima de tudo, o que ela comporta.

Sabendo isso, você será capaz de fazer um planejamento estratégico inteligente, que tenha o foco no cliente e que entregue soluções sempre mais eficientes.

Confira os aspectos da metodologia:

Os 7 princípios

  1. Justificativa continuada de negócios – deve sempre ter uma razão clara (e lucrativa) para o projeto existir (ser executado e gerenciado);
  2. Aprender com as experiência – as equipes devem sempre procurar tirar lições a cada projeto concluído;
  3. Responsabilidades definidas – a estruturar organizacional deve ser clara para garantir o engajamento profissional de cada um com suas tarefas;
  4. Gerenciamento por etapas – os projetos precisam ser planejados, monitorados e também, passo a passo, serem controlados;
  5. Gerenciamento por exceção – como falamos anteriormente, serve para identificar problemas, mas também para dar a quantidade certa de trabalho por pessoa;
  6. Foco no produto – definição, entrega e qualidade do produto ou serviço desenvolvidos são essenciais e inegociáveis dentro do método;
  7. Adaptação ao ambiente – a metodologia deve adaptar-se sempre ao ambiente de trabalho, bem como as pessoas dos times. Leva-se em conta a complexidade, importância e risco do projeto.

Os 7 temas

  1. Business case – crie e mantenha um registro da justificativa financeira do projeto;
  2. Organização – tenha definidos os papéis e as responsabilidades do time como um todo e de cada membro dele;
  3. Qualidade – os requisitos e medidas de qualidade e como isso será refletido no resultado final do projeto;
  4. Planos – todas as etapas necessárias para desenvolver o que foi planejado e quais as técnicas serão utilizadas;
  5. Risco – identificação dos riscos e das oportunidades que podem impactar de forma decisiva o projeto;
  6. Mudança – de que forma o gerente deste projeto irá avaliar e agir em cima das mudanças necessárias no meio do caminho;
  7. Progresso – como o projeto deve prosseguir ao final de cada etapa? Momento para avaliação de desempenho e entendimento da viabilidade do mesmo.

Os 7 processos

  1. Começando um projeto – passo inicial e que ocorre antes de colocar a mão na massa. Busca garantir que estejam disponíveis os pré-requisitos para iniciar um projeto;
  2. Direcionando um projeto – momento para atender ao comitê de projeto e fornecer as informações necessárias para qualquer tipo de tomada de decisão antes do início;
  3. Iniciando um projeto – o pontapé é dado. Aqui ocorre o planejamento e surge o ambiente controlado do Prince2;
  4. Controlando uma etapa – esse processo fornece informações referentes ao andamento do projeto e alimentam decisões caso haja necessidade de um realinhamento;
  5. Gerenciando os limites – garantia e controle do projeto para que sejam cumpridos os limites pré-definidos e que visam a qualidade de entrega;
  6. Gerenciando a entrega – processo que garante a criação e a entrega de produtos ou serviços dentro dos termos estabelecidos anteriormente;
  7. Fechando um projeto – o ponto final. aqui, se garante a entrega do que foi desenvolvido exatamente da forma como fora planejado.

Desta forma, você terá sempre uma rotina de trabalho e de desenvolvimento de projetos assertivos, assim como a metodologia prega.

Isso será fundamental para você manter o foco no cliente e garantir uma experiência do consumidor cada vez melhor com a sua marca.

E aí, como podemos te ajudar?

Se você ficou com alguma dúvida acerca do artigo ou quer compartilhar alguma dor na gestão de sua empresa conosco, fale com um consultor.

Aproveite e leia dois artigos que irão aprimorar a entrega que a sua empresa faz.

O primeiro fala da importância de aplicar a metodologia 5S nas empresas e como isso ajuda na produtividade.

Já o segundo aborda como o uso de métodos ágeis tornam o dia a dia mais eficientes nas organizações.

Boas vendas!

Um abraço do PipeRun, o seu CRM. #RunPipeRun

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